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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

IMPRESSÕES

Da sacada, observo rostos que me parecem conhecidos, mas eles não me sorriem. Retribuo a indiferença, e todos parecem felizes, recolhidos em suas confortáveis verdades.

Apesar de alguns corredores permanecerem com um aspecto sombrio e assustador, a lua continua iluminando igualmente todos os caminhos; e tenho a vaga impressão de que ninguém se importaria se lágrimas escorressem de um destes rostos perdidos no espaço.

Fecho as janelas de minha alma com medo de me solidarizar com alguma destas mentes, com algumas destas histórias que sempre me fazem perder o sono.
Recorro ao poder cicatrizante da música, mas não encontro nenhuma trilha sonora à altura de elevar meu ânimo esta noite.

Ando descalça pela casa, bem devagar, a fim de sentir além do que meus limitados sentidos me propiciam; e sorrio sozinha como quem se surpreende fazendo algo que há tempos esquecera.

Batidas na porta interrompem meu momento de divagação, e recebo visitas simpáticas e dotadas de bom astral. Acho melhor deixar minhas excentricidades pra mais tarde, preciso tirar meu melhor sorriso do armário, e praticar minha capacidade de fingir interesse por assuntos triviais.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Alanis de volta! 'Not as we"

Bem, gente...Para aqueles que estavam com saudades da cantora canadense Alanis Morissete, segue o novo rit da moça.Ela aposta em piano e voz para continuar encantando os fãs.Vamos curtir...


terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Saudade


A palavra saudade é quase exclusividade da língua portuguesa, em relação às línguas românicas.

Para muitos, ela é mesmo intraduzível. Já na língua romena, a palavra "dor" torna-se um correspondente semântico perfeito da "saudade" portuguesa, e não é por menos.

Quem de nós já não sofreu por estarmos longe de quem amamos? Uma dor silenciosa e profunda nos paralisa a alma, deixando o pensamento solto, a fim de amenizar o vácuo deixado no peito.

"A saudade precisa de distância para crescer". (Pedro Bloch)


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Déjá vu!!!


Você já teve a impressão de já ter estado em um lugar, mesmo sem nunca o ter visto antes?

Ou já conheceu alguém que te trás uma estranha sensação de familiaridade, como se vocês já se conhecessem há anos ?

Se a reposta for positiva, não se preocupe, você não está louco(a). Isso tem nome: "Déjá vu"!

Essa sensação pode acontecer com quase todos, e tem origem biológica.
O hipocampo - região do cérebro responsável pelo
Processamento da memória - é ativado fora de hora,
exatamente quando está ocorrendo um fato novo, dando
a impressão de que aquilo já estava registrado,
de que é um fato do passado.


Mas para aqueles mais espiritualizados, esses acontecimeetos podem ser associados à lembranças de outras vidas. Explicações à parte, este "fenômeno" existe, e quando acontece, não tem jeito. Somos tomados por uma estranha sensação de curisosidade...MAGIA!!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A misteriosa Clarice

Ainda lembro do primeiro livro que li de Clarice Lispector: "Laços de Família". A leitura ocorreu com um certo sentimento de estranheza, confesso.

Com o tempo, e com mais livros de sua autoria lidos, restou a admiração pelo dom da poetisa de transformar em palavras os mistérios da alma.

Clarice nasceu na aldeia Tchetchelnik, Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920. Com dois meses de vida desembarcava com a família em Maceió, onde viveu por três ou quatro anos. Mudam depois para o Recife. Em 1929, aos nove anos, perdeu a mãe.

Sua morte ocorreu em 9 de dezembro de 1977, um dia antes de completar 57 anos. Meses antes concedeu célebre entrevista a Júlio Lerner, da TV Cultura. Ela acabava de terminar "A hora da estrela".

Abaixo, segue a rara entrevista desta escritora genial e um tanto misteirosa



segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Nossos inúmeros "eus"

Acredita-se que a vida atua através do “de repente”, e quanto mais experiência se acumula, mais forte essa idéia permanece dentro de nós.

Quando olhamos para trás e percebemos os desencontros ocasionados pelo destino, montamos pouco a pouco faces, gestos e peculiaridades de quem um dia fez parte de nós.

Viajando através de lembranças, encontramos despedidas que tentamos esquecer, lágrimas que sufocaram nosso riso e palavras que magoaram nossos corações. Percebemos que os anos que nos separam do passado já não existem, e mais uma vez estamos reféns das emoções de nossas histórias.

Quando lembramos de pessoas que já fizeram parte de nossa existência, nos perguntamos qual foi o momento em que, assaltados pelo tal “de repente”, fomos encurralados no precipício das separações.

Através das lembranças, somos capazes de resgatar alguns “eus” deixados pra trás, nem que seja por pouco tempo, através de pequenos sinais.

O homem, que hoje cuida dos filhos e raramente sorri, se surpreende gargalhando ao encontrar um velho amigo de infância. A moça, séria e compenetrada no trabalho, redescobre a menina que gostava de escrever sobre seus sentimentos, ao encontrar um antigo diário esquecido em uma gaveta empoeirada. Quantos “eus” deixados pelo passado em busca de horizontes melhores, quantas pessoas traídas pelo destino.

Nossas lembranças tornam-se extensões de quem somos, ou de quem já fomos um dia. E cada “eu” deixado pelo caminho em forma de pensamento, nos reaproxima de nossa hipotética verdade.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

ENQUANTO O DIA NÃO VÊM

Da janela o mundo parece diferente, a vida torna-se lenta e os problemas sem sentido. Quando estamos sós então, ah! Uma dor cresce devagar, um masoquismo gostoso, uma vontade de amar, de ser bobo...
Então fica fácil olhar à noite e chorar sem motivo, sentir que a mente cansa e que o coração pode permanecer no controle de vez em quando.
Olho mais à frente e namorados caminham sorrindo. Talvez eles não saibam, mas minha benigna inveja os abençoa, porque amar requer coragem!
A noite continua e logo o dia a substituirá, guardando segredos, alguns até sussurrados baixinho, como... “Eu ainda consigo sonhar!”.

MUITO LEGAL....ASSISTAM!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Morre lentamente (Pablo Neruda)


Morre lentamente quem não
viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si
mesmo....
Morre lentamente quem se
transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos,
quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com
quem não conhece...

Morre lentamente quem evita
uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em
detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos
olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não
vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo
pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez
na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa
os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem
abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que
desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a
morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito
maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que
conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

*Pablo Neruda*

sábado, 17 de novembro de 2007

A MAGIA DA LEITURA...NA INTERNET?!?




Bem, pessoal...Acima de tudo, este é um local para troca de conhecimento. E como pouca coisa simboliza mais a palavra conhecimento do que os livros, sempre que puder, vou postar alguns links interessantes de obras disponíveis na internet. E olha que não estou falando de qualquer livrinho, não! Na maioria, são best sellers, que valem uma grana considerada relevante nas livrarias.

Se é certo ou não, cabe cada um avaliar. O legal disso é que as informações não estão mais restritas. Particularmente, não troco o livro impresso pelo virtual. No computador, a leitura é mais fatigante, a vista fica cansada...Não tem aquele cheirinho de papel novo...Enfim, vamos ao que interessa!
No primeiro link, os fãs de Harry Potter, o bruxinho que encantou o mundo, podem ter acesso desde a Pedra filosofal até o Enigma do Principe!
http://www.scribd.com

Agora, para os que não juntaram uma graninha para comprar o último livro da saga, Relíquias da Morte, eis o meu presente para vocês. Segue o link da obra traduzida:

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

SINOS

O ruído é imperceptível, quase mudo. Porém, ao chegarmos perto, aos termos contato com a epiderme, ao recebermos o calor enviado inconscientemente, torna-se insuportável, perturbador.
Parece estar louca, procurando o colar com suas iniciais, os cartões de recordação...Recebe o frescor do vento vespertino e parece temer o que virá pela frente.
À noite seu olhar torna-se vago, fitando o horizonte, espera alguém.Veste uma roupa bonita, embora não sendo nova, a deixa com um aspecto diferente em relação aos outros dias, uma luz irradia de seu coração.
Quando alguém lhe faz perguntas, responde em forma de eco.Não quer desviar sua atenção, espera. A ansiedade tomava conta de seus atos, finge roer as unhas, charminho talvez.
De repente interrompe o assunto, alguém surge a metros, o mundo perde sua forma cinzenta, acha seu corpo dormente, o vento torna-se suave, seus gestos tornam-se sóbrios, escuta-se um barulho perfeito e agradável.
Sinos tocam.Uma sinfonia parece estar em ação, o amor está em sua frente; nada importa, ninguém importa, pensa em ir até ele, contar o seu dia, os seus anseios.Porém ele não percebe, parece não se importar.
Um olhar cético envolve seu semblante, sente vontade de esbofetear-se, acha-se boba.
Pede silenciosamente que vá embora, porém seu pensamento suplica:
-Fica!
Dá-se conta que ama sozinha, sem retorno, sem sentido.
Chora por dentro, seu olhar foi ignorado, seu coração calado.
Mil defeitos poderiam ser postos em sua aparência, para quem sabe achar um culpado.
No entanto, ela sabe que o defeito não pertence a quem ama, mas a quem não consegue corresponder ao amor enviado.

REFORMA NA ALMA




Furadeiras, tintas dispostas pelo corredor, estranhos entrando e saindo pela porta da frente, gritos de “subindo!”, pedreiros conversando sobre o último jogo de futebol, e a certeza de que a reforma há tanto tempo planejada, (in) felizmente começou.

E lá está a primeira previsão do mês: dor de cabeça na certa.

A bagunça parece refletir até mesmo no psicológico das pessoas lá de casa. Com o horário perdido pelo sumiço do despertador, a família se encontrou, como há tempos não acontecia, na mesa da cozinha. Caras assustadas pelo barulho pareciam olhar estranhamente às paredes caindo devagar.

Minha mãe parece ter incorporado o papel de chefe de obras, até bem mais do que papai, que pede calma e acha que tudo será entregue no prazo pedido. Minhas irmãs também parecem ter entrado num buraco negro de problemas, e a confusão ganha toda a casa.

Mas já eu, não considero à reforma tão ruim assim! É uma maneira de poder sair da rotina, desfrutar um pouco de bagunça, desejar ter tudo limpinho de novo...E dormir com mais gosto nos lençóis perfumados, quando tudo voltar ao normal.
Pra falar a verdade, a reforma trás um sentimento de renovação, mas não só na parte sólida de uma casa. Parece mexer também com a alma, tentando resolver os problemas ocultos que atormentam o astral do lar.

Enquanto as coisas iam sendo empacotadas e os móveis provisoriamente tirados do lugar, fiquei pensando sobre como simples pedaços de concreto podem significar tanto! Quantos aniversários, natais, tristezas e alegrias...

Tirei a conclusão de que por mais que uma família se separe, reforme uma casa ou mude até de bairro, sempre um simples olhar sobre certos cenários da vida, será capaz de renascer inúmeras lembranças.

Recuperada de minhas pequenas análises, e passados alguns dias convivendo com o caos total, sorrio enquanto tudo volta ao seu local.E percebo que o amor sempre dá um jeito de se personificar nas mais diferentes pessoas e ambientes, aperfeiçoando constantemente, nossa capacidade de amar.

POR TRÁS DA MOBÍLIA


Existem dias onde o que menos queremos é sair de casa. Só a sensação de termos que enfrentar o mundo, suas complexidades e competições, nos arrepia a alma como se tivéssemos diante do mais tenebroso filme de terror. E então, o conforto do lar torna-se a saída mais segura.


Caminhamos pelos cômodos como se desejássemos reconhecer nosso próprio habitat, encontrar um pouco de nós entre móveis aparentemente indiferentes e sisudos.


Livros são reabertos, e fotos de um passado que nunca parece ter existido complementam a delícia de saborear a própria vida em doses suaves de observação.


A estante permanece no mesmo lugar em que deixamos, mas o conteúdo que esta guarda nos parece alheios e reveladores. Cartas, mensagens de saudade, amizade, esperança e amor... Histórias guardadas em caixas de segredos. Palavras preservadas para serem revividas em um futuro distante, mas que nunca perderão o poder de deixar a relação tempo e espaço sem sentido.


Algo em nós fica mais sensível quando paramos e abraçamos nossas vidas em toda a sua magnitude. A pele sente com mais propriedade o carinho do vento, e reagimos com mais sinceridade aos sorrisos que nos são dados.


Os quadros na sala já não possuem a mesma vivacidade na pintura, mas as pessoas que em nossas imaginações os habitavam continuam as mesmas. E seguramos nossos impulsos para não acenarmos a eles e todos nos chamarem de loucos. Isso porque é difícil admitir que, quando éramos crianças, até mesmo os objetos possuíam mais vida. E os quadros abrigavam personagens e histórias que só a imaginação é capaz de criar.


Isso nos instiga a pensar no quê mais esquecemos pelo caminho. Quantas de nossas versões serão descobertas em reencontros com antigos amigos, ao relermos textos, ao sentirmos perfumes.


E entre tantos pensamentos, e conclusões com validades curtas, nossas energias parecem recarregadas, graças à exclusiva capacidade do homem, de agradecer em uma prece silenciosa, a vida que possui.

DE REPENTE...

De repente, nossos objetivos se transformam, nossos sorrisos mudam de
intenção, nossos corações choram ou cantam.

De repente, a lua brilha mais, e nossos passos são estrelas no
universo.E então, tudo merece um comentário contemplativo.

De repente, o medo manda mais, e as folhas caem em nossas
cabeças...Pesando bem mais do que deveriam.

De repente, a música que mais gostávamos perde a vida, e a voz suave de outra pessoa toca incessantemente em nossos pensamentos.

De repente, percebemos a importância de receber um cartão, de
compartilhar uma lágrima e de retribuir um cumprimento.

De repente, nossos sonhos ficam pra trás, nossas esperanças morrem e
toda certeza que tínhamos já não existe mais.

De repente, nos surpreendemos caindo fácil em um leve teste da vida, e
superando rápido uma facada do destino.

De repente, sentimos vontade de gritar bem alto o quanto somos felizes,
e de sussurrar baixinho que temos medo de errar.

De repente, aprendemos que é inevitável sofrer por amor, e que quando
isso acontece, somos todos masoquistas.

De repente, nos surpreendemos refazendo brincadeiras de infância,
sorrindo como bobos e nos lambuzando com um doce que engorda.

De repente, ganhamos a consciência de que a vida passa, e de que pouca
coisa continua tendo importância depois que o mundo nos corrompe.
De repente, você aprende que a vida não é apenas um somatório de dias,
e que o tempo em nossos corações passa diferente.

De repente, ser feliz é só viver, sem esperar que tudo seja perfeito. É
acreditar que amanhã o sol brilhará novamente, independente de a chuva
encobrir rapidamente a sua luz.