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sábado, 13 de dezembro de 2008

Encerrando ciclos


Em alguns momentos de nossa existência somos "obrigados" a mudar repentinamente de rotina, ficamos perdidos sobre o que será do futuro e o que ficou do passado...Falta chão e ar e para arriscar.
E isso acontece muitas vezes. Depois de concluído um curso, de ter saído de um emprego, de ter perdido um amigo, um amor...Enfim, somos constantemente conduzidos ao tão temido recomeço.
Sobre esse assunto, segue o texto abaixo "Encerrando ciclos".Na internet há confusões sobre o verdadeiro dono de sua autoria, mas sabemos que ele foi traduzido pelo escritor Paulo Coelho. E é , sem dúvida, um lindo texto...

“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em
permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa
o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já
se acabaram. Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casados
pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que
isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não
entender as razões que levaram certas coisas, queeram tão importantes e sólidas
em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um
desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos,
seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha,
seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode
estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a
menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente
possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!)
destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou
doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que
está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir
embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes
ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que
reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Parede
ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra
como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada
mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre
são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é
preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela
pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer
óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não
por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a
casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, ese transforme em quem é.”

Tradução:Paulo Coelho

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