As ilusões foram desaparecendo devagar, junto com o mormaço deixado
pela chuva. E na despedida, nenhuma falsa promessa de retorno. Nenhum
vestígio de traição ou mentira.
Omitiam apenas a dúvida sobre o que havia ficado do outro e restado de
si, depois de resolvido que seguir caminhos diferentes seria a melhor
saída.
Na bagagem, recordações em forma de fotos e cartas. Tudo bem guardado
temendo despertar o gigante adormecido chamado saudade.
No peito, uma sensação diferente de tudo que já haviam sentido. Algo
que oscilava entre o medo e a esperança renovada.
No pensamento, o anseio de voltar a sorrir sem motivo, de sentir novamente aquele friozinho gostoso na barriga, de recordar um momento especial... E, principalmente, de reencontrar vestígios da tal felicidade prometida
Sobre lichias e a vida...
Há 10 anos
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